A invenção do vestibular

A invenção do vestibular

O vestibular foi criado no Brasil em 1911, por um político chamado Rivadávia da Cunha Corrêa. Na época, ele era ministro da Justiça e dos Negócios Interiores e decidiu fazer um exame para selecionar quem poderia entrar nas universidades públicas. Antes de 1911, só entravam nessas universidades estudantes vindos de colégios tradicionais, como o Dom Pedro II, do Rio de Janeiro. O problema é que o número de candidatos ao ensino superior começou a ultrapassar o número de vagas nas universidades - situação que foi piorando ano após ano e permanece até hoje. E, se você acha os exames atuais pauleiras, saiba que nos primeiros vestibulares os alunos faziam, além dos testes escritos, exames orais! As provas variavam de faculdade para faculdade, mas continham quase sempre duas grandes matérias: línguas (português e uma língua estrangeira) e ciências (o equivalente hoje a matemática, física e química). Para complicar ainda mais as coisas, nas primeiras décadas em vigor, os testes do vestibular tinham questões que abordavam não só o que os alunos haviam aprendido até o colegial como ainda conteúdos relativos ao primeiro ano da faculdade. E como os candidatos a calouro se viravam? Pois, é, eles acabavam recorrendo a aulas especiais, o que provocou o surgimento dos cursinhos. Os primeiros exames unificados - uma só prova que valia a entrada em várias faculdades - começaram a surgir na década de 1960. O Cecem, por exemplo, realizava as provas de faculdades de medicina do estado de São Paulo; já o Cecea organizava os exames das faculdades de humanas na mesma região. A disputada e temida Fuvest, maior vestibular do Brasil hoje em dia, surgiu em 1976, e na época selecionava candidatos às três universidades públicas do estado de São Paulo: USP, Unesp e Unicamp.

Múltipla escolha
Assinale a alternativa correta e saiba como funciona o ingresso à universidade em outros países
a. Nos Estados Unidos, o estudante presta um teste chamado SAT. O resultado é anexado ao histórico e currículo escolares e enviado para as universidades em que ele deseja estudar, dizendo os cursos que escolheu. As instituições se baseiam nesses dados — e às vezes também em cartas de recomendação e dissertações — antes de responder se aceitam ou não o aluno. Critérios como o talento esportivo ou musical também podem contar pontos extras.

b. Os estudantes da Alemanha passam pelo Abitur, que engloba exames orais e escritos, no final do colegial. Os assuntos exigidos nas provas variam de acordo com a especialização escolhida pelo estudante durante os seus últimos três anos de ensino médio. Os melhores classificados garantem as vagas nas melhores faculdades. O Abitur também é usado na Finlândia.

c. Na Argentina, os calouros entram automaticamente na universidade e freqüentam um ciclo básico de estudos. Mas somente quem é aprovado nesse ciclo segue os estudos no curso superior. Esse modelo de ciclo básico vale para o ingresso nas faculdades públicas. Nas particulares, o processo varia de uma instituição para outra.

d. No Japão, os candidatos às universidades públicas têm de passar primeiro por um teste de conhecimentos gerais. Depois, caso aprovados, devem fazer uma redação e uma entrevista pessoal com a comissão de seleção da universidade. Nesse processo, até exames de saúde em dia contam pontos a favor do candidato.

e. Todas as alternativas anteriores estão corretas.

Fonte http://bit.ly/lnvloi por Marina Motomura

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