Saiba como se alimentar bem durante a preparação para os vestibulares
“Mens sana in corpore sano”, ou “uma mente sã num corpo sadio”, prega uma famosa citação latina. Quem está se preparando com afinco para os vestibulares do final do ano deve prestar atenção ao significado dessa frase. Afinal, se o corpo não vai bem, a mente não funciona direito. E, nestas alturas do campeonato, tudo que um vestibulando não precisa é de um cérebro trabalhando aquém de sua capacidade, não é mesmo?
Se aulas, livros, apostilas, revisões e simulados são importantíssimos na fase de preparação para os vestibulares, tão essencial quanto tudo isso é manter o corpo funcionando perfeitamente. E nada melhor que caprichar na alimentação para que todos os órgãos conspirem para que o cérebro se mantenha a todo vapor, focado naquilo que interessa no momento.
Nesta época de muita ralação mental, a palavra de ordem deve ser “carboidrato”, recomenda a professora do curso de Nutrição da Universidade Anhembi Morumbi Luciana Setaro. “O vestibulando deve ingerir alimentos que são fontes de carboidrato, como pães, massas, arroz, cereais e até biscoitos”, diz. “Os carboidratos são a primeira fonte de energia, e alimentam o cérebro de glicose”.
Segundo a nutricionista, um estudante não deve ficar mais que três horas sem comer, o que faz cair a taxa de açúcar no organismo e pode causar hipoglicemia. “Isso pode afetar o rendimento cerebral”, alerta. “Às vezes, o jovem estuda quatro horas diretas, fica com tontura e pode até achar que está com problemas de visão. Mas na verdade é a falta de glicose”.
Driblando a tensão
Luciana ressalta que, neste caso, não se está falando de controle de peso, de preocupação com as calorias ingeridas. “Um jovem precisa de alimentos energéticos”, esclarece. Nessa lista, entram as fontes de glicose simples, como os açúcares comuns, e as complexas, como os alimentos integrais e outros ricos em fibras. Nesse sentido, ela diz que uma boa alternativa são os sucos concentrados, e que “um docinho é até bom”. “Chocolate também é bem-vindo e o café é bom porque estimula o sistema nervoso central e deixa o aluno mais atento”.
Frutas, legumes e verduras podem ser consumidos à vontade. Também são bem recomendados os cereais, que têm propriedades nutricionais por contar com vitaminas e sais minerais. Luciana abre uma brecha para que os jovens, de vez em quando, satisfaçam algumas vontades, como forma de driblar a tensão. Cachorro quente, pizza, pipoca, hambúrguer e outras guloseimas, com esse objetivo, acabam liberados.
Tudo isso, porém, não vale para vésperas e dias de provas, quando é preciso preservar o organismo de agressões. Alimentos crus, por exemplo, devem ser evitados. “Quando nosso grau de estresse está alto, o corpo libera maior dose de adrenalina, que causa mais movimentos peristálticos”, explica a nutricionista. O resultado disso pode ser uma indesejável dor de barriga durante o vestibular.
No dia da prova, o vestibulando também deve passar longe de alimentos pesados e gordurosos, como feijoada, picanha, creme branco e molhos condimentados, que podem causar desarranjo intestinal ou enjoo.
No cardápio de antes do exame, as carnes devem ser magras e os molhos, suaves, como o madeira. Deixar para experimentar um acarajé nessa ocasião não é uma boa pedida. “O vestibulando não deve inventar quando for fazer a prova. Ele deve evitar alimentos desconhecidos”, alerta Luciana.
O café deve ser ingerido com moderação, para não irritar o estômago. Para sua sala de prova, o candidato deve levar chocolate ou biscoito e uma fruta. “Não deve ser nada light, porque ele vai precisar do açúcar”, reforça a professora. “Hidratação, com água e suco, também é primordial. Refrigerantes devem ser evitados, porque o gás pode estufar o trato gastrointestinal”.
E uma última recomendação: como em tudo na vida, na hora de se alimentar, deve-se usar o bom-senso.
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